No dia em que organizações estudantis promoveram um ato pedindo a revogação do novo ensino médio, o presidente do Instituto Promover – Iphac, Valdinei Valério, participou de uma reunião no Ministério do Trabalho para debater o assunto.
No encontro, em Brasília, os principais representantes da sociedade civil organizada, ligados à aprendizagem brasileira, trataram de questões relacionadas à aprendizagem e à necessidade de reanalisar o novo ensino médio, em execução no país desde o ano passado.
Segundo Valério, uma das metas do grupo de players da educação assistida e do processo de jovens incluídos no mercado de trabalho é atingir um milhão de aprendizes no Brasil. Atualmente, o número de contratos de empresas com jovens de 14 a 24 anos não passa dos 500 mil.
“Após um ano, observamos que os propósitos do novo ensino médio não alcançaram os objetivos até então pretendidos. É o que mostra, também, um levantamento intitulado “Futuro do mundo do trabalho para juventudes brasileiras”, com dados alarmantes de cerca de 27% dos jovens de 14 a 29 anos sem oportunidades de estudo e trabalho”, destaca o presidente do Iphac.
O dossiê citado por Valdinei, que será apresentando no Canal Futura nesta quinta-feira (16), é uma colaboração da Fundação Roberto Marinho com o Itaú Educação e Trabalho e as fundações Arymax, Telefônica Vivo e Goyn SP, e reforça os argumentos de que é urgente a necessidade de retomada dos debates sobre o novo ensino médio.
Em outubro de 2021, Valdinei já alertava para os perigos do “Novo Ensino Médio”. Em artigo publicado no jornal Correio Braziliense, com o título “Novo Ensino Médio pode expulsar o jovem pobre da escola”, ele observou que o modelo iria expulsar jovem pobre da escola e explicitei o que ocorre na prática. “A carga horária impede o jovem de outra atividade e ele prefere desistir da escola do que da renda. E fica só no trabalho. Estamos acompanhando de perto e queremos mudanças”.
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