Organizações de Aprendizagem condenam proposta de mudança na Lei que tira jovem da escola
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29 de janeiro de 2022Em entrevista a Rádio Sucesso, nesta sexta, 28, o presidente do Iphac, Valdinei Valério voltou a mostrar preocupação com os projetos de mudanças na lei da aprendizagem. Trata-se da retirada da obrigatoriedade do jovem e adolescente estar matriculado na escola para participar do programa.
Valdinei destaca que a criação da Lei veio para trazer um apoio e integrar jovens, adolescentes e pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Na faixa etária e condições financeiras das famílias que estão cadastradas no programa, existe uma vulnerabilidade e a Lei veio para proteger e garantir que empresas de médio e grande porte contratem pelo menos 5% de aprendizes em seus quadros de funcionários.
Nos dez anos em que o Iphac atua na inserção de jovens e adolescentes no mercado de trabalho, a Lei já sofreu ataques e tentativas de retrocesso desta lei, que deveria ser aperfeiçoada e não fazer uma mudança onde fere justamente a essência da lei que é dar oportunidade de trabalho e educação a um público econômico e socialmente vulnerável.
Valdinei Valério, Presidente do Iphac (Instituto Promover) em artigo para o tema Juventude e Trabalho, disse: “Esperamos sensibilizar todos os entes, todos os poderes para que enxerguem o grande equívoco destas propostas, que podem jogar o jovem, o adolescente e a pessoa com deficiência em um buraco mais fundo do que já estão”.
Segundo o presidente, a mudança não vai trazer nenhum benefício para os jovens mais carentes e prejudica o país, ainda mais neste momento, em que não há no Brasil uma política pública por parte do poder público que congregue a empregabilidade juvenil, educação, formação profissional e inserção social.
“Não existe nada parecido, que chegue perto da Lei da Aprendizagem, que une empresas, governo, entidades que trabalham com a aprendizagem juvenil para oferecer oportunidades de trabalho, educação e, principalmente, transformação social e econômica a esse público. Uma pesquisa feita recentemente, mostrou que 12 milhões de jovens no Brasil nem estudam nem trabalham e essa lei tem sido o único caminho para amenizar essa mazela social”, completou Valdinei.