A coordenadora institucional do CRJ Vitória, Suellen Cruz, participou nesta sexta-feira (27/9) do I Fórum Apoie-Escola de Vitória que reuniu diversas instituições para um diálogo sobre juventudes negras, educação e políticas públicas.

O evento, realizado na Escola Estadual de Ensino Médio Arnulpho Mattos, contou com a presença de representantes de escolas e equipamentos sociais da Grande Vitória, e marcou um importante passo na articulação de ações em rede voltadas para o atendimento integral da juventude negra.

Além das escolas da região, o fórum também integrou equipamentos da rede pública do município, como CRAS, CREAS, unidades de saúde, centros de vivência, e os equipamentos estaduais de juventude gerenciados pelo IPHAC (Instituto Promover).

Essa união foi destacada como fundamental para o fortalecimento das políticas públicas, com foco na criação de uma rede de apoio que pense na juventude negra de maneira integral, abarcando desde a educação até a saúde e o lazer.

Uma das falas de destaque do evento foi de Suellen Cruz, que abordou como a juventude negra tem acessado esses espaços e como o atendimento a esses jovens pode ser aprimorado.

Suellen frisou a importância de pensar em políticas públicas que efetivamente dialoguem com a realidade dessa juventude, que muitas vezes é marginalizada pelas políticas de segurança pública. “A maior taxa de mortalidade entre jovens negros do sexo masculino é um dado alarmante, e precisamos trabalhar em rede para mudar esse cenário”, afirmou.

Ela ressaltou que o trabalho realizado nos centros de juventude, muitos deles integrados às escolas e aos CRAS, busca oferecer não apenas assistência, mas também perspectivas de vida para esses jovens. “Pensar em rede é fundamental para oferecer um atendimento integral, garantindo que esses jovens tenham acesso ao lazer, à qualificação profissional e, sobretudo, à vida.”

Articulação

Suellen também destacou o papel central do Instituto Promover (Iphac), que gerencia a execução de políticas de juventude no município de Vitória, por meio do Centro de Referência da Juventude.

“O Iphac tem um lugar de protagonismo, pois gerencia e articula uma política de juventude em uma capital. Nossa atuação é fundamental para garantir que essas articulações avancem em propostas que mantenham nossa juventude viva e ativa”, disse ela.

O fórum trouxe à tona a necessidade de ações conjuntas entre diferentes áreas — saúde, educação, assistência social e cultura —, ao criar um ambiente propício para que a juventude negra possa desenvolver seu potencial em todos os aspectos. Suellen Cruz finalizou sua fala reforçando a importância de oferecer a esses jovens oportunidades de lazer, trabalho e qualificação profissional, para além das questões imediatas de sobrevivência.

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