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Alunos reforçam posicionamento do Iphac de que Novo Ensino Médio não está funcionando

A eficácia do Novo Ensino Médio é um assunto que o Instituto Promover – Iphac sempre traz para a discussão, pois afeta diretamente a juventude brasileira, futuros profissionais do mercado de trabalho. Na última semana, a mesa “Novo Ensino Médio: O Que Pensam Os Jovens”, realizada no 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, na cidade de São Paulo, inseriu três alunos no debate do tema.

Maria Eduarda Gutérres Escobar, aluna do 2° ano do ensino médio do Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot, em Porto Alegre, Vitória Ribeiro, que faz o 2º ano na Escola Estadual Eudoro Villela, em São Paulo, e Maria Luiza da Silva Vasconcelos, aluna do 2° ano na Escola de Referência em Ensino Médio Antônio Inácio, em Feira Nova, Pernambuco, avaliaram que a redução da carga horária de disciplinas básicas nesta etapa de ensino vai prejudicá-las quando forem prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024.

O currículo em vigor desde o ano passado reduz a obrigatoriedade de algumas disciplinas e cria os chamados “itinerários” que permitem que os alunos se aprofundem nos temas de interesse. Uma das opções é a ênfase no ensino técnico, o que o Iphac entende ser um bom caminho, mas esbarra na falta de capacidade das redes de ensino em oferecer estes itinerários.

“No papel, o novo ensino médio é uma maravilha. A ideia é que fosse um ensino mais dinâmico e que o aluno tivesse opção de traçar sua trilha, mas, na prática, isso não ocorre. Para o ensino médio melhorar, tem que melhorar a estrutura das escolas. Tem uma deficiência na merenda escolar, por exemplo. As aulas não estão atrativas. Vai haver um retrocesso na educação. A gente vai voltar à época em que só os estudantes da classe alta entravam nos cursos superiores”, disse Maria Luiza.

A expectativa do governo federal é que as alterações nesta etapa de ensino sejam apreciadas pelo Congresso Nacional ainda em 2023. A proposta que será apresentada pelo governo foi construída após consulta pública. No entanto, o que o Iphac defende é uma maior participação das sociedade civil organizadas nas decisões.

“Nós conhecemos as dores e também as possíveis soluções para que o jovem tenha a efetiva qualificação que precisa para entrar no mercado de trabalho. É preciso oportunizar a nossa juventude caminhos alternativos, mas sem perder o rumo da educação de qualidade. Por isso, enquanto os governos não incluírem organizações como o Iphac, que prepara e insere nossos jovens no mercado, qualquer mudança no Ensino Médio não será eficaz”, reforça o presidente do Iphac, Valdinei Valério.

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Artigo: Formação de educadores e a Pedagogia do Caminho

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